Alguns representantes de empresas petrolíferas do Brasil e dos EUA classificaram, esta segunda-feira, Portugal como um dos grandes desafios para a prospeção de petróleo e que se deve continuar a investir na pesquisa, mesmo sem haver um único barril explorado.
«Portugal é uma nova fronteira exploratória», disse o representante da Petrobras Portugal, José Fernando de Freitas, que participa, hoje, na Universidade de Coimbra, no I Congresso de Geociências da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
José Fernando de Freitas aludiu ainda, segundo a Lusa, ao facto de a bacia do Canadá, onde se explora petróleo, ter feito parte da bacia Lusitânica.
«Se tem lá, porque não aqui», questionou, ressalvando que essa simplicidade de afirmação carece da «demonstração de que essas coisas possam acontecer».
Na sua perspetiva, a tecnologia existente é o que mais condiciona aquilo que se pode encontrar, mas isso não afasta a expetativa de explorar boas jazidas de petróleo em Portugal.
A Petrobras é detentora de uns blocos de exploração nas bacias de Peniche e do Alentejo, e no final do corrente ano e em meados do próximo vai tomar decisões sobre a continuação ou não nessa aposta, referiu o responsável.
O representante em Portugal da americana Mohave, Arlindo Alves, partilha da mesma opinião e chegou ao ponto de avançar com a expetativa de «95 bilhões de barris» nas zonas onde tem vindo a desenvolver estudos geológicos.
A Mohave já possui concessões na plataforma terrestre nas zonas de Torres Vedras, Batalha e numa faixa que vai da Nazaré a Aveiro.
Da Galp Energia, Ferreira de Oliveira que também participou no congresso de Coimbra, realçou que já foram investidos «mais de mil milhões de dólares» na prospeção de petróleo em Portugal, e que se as empresas ainda não desistiram de o encontrar é por entenderem que as condições geológicas a recomendam.
fonte: agenciafinanceira.iol.pt
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