quinta-feira, 14 de março de 2013

11ª Rodada: BG, Shell e BP confirmam participação

Rio de Janeiro (RJ) - O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Helder Queiroz informou que 36 empresas, de 15 países, já manifestaram interesse de participar da 11ª rodada de licitações de áreas exploratórias, marcada para maio. O prazo para as empresas manifestarem interesse de participar vai até o dia 26 e novas empresas devem se habilitar.
 Queiroz informou que há empresas de Japão, Canadá, Estados Unidos e de países da União Europeia. Já as chinesas, que têm grande interesse de garantir acesso futuro a reservas, ainda não se habilitaram.
 
Os lances que as empresa devem fazer para ter direito de explorar o petróleo da União podem arrecadar de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões na rodada de maio, numa estimativa que considerou relativamente conservadora. "Podemos ter uma grata surpresa de ser algo até acima", disse Queiroz, no VIII Fórum Ibef de Óleo e Gás, no Rio.
 
Caso todas as 289 áreas ofertadas sejam arrematadas pelo preço mínimo, seriam arrecadados cerca de R$ 620 milhões, informou. Há outras duas rodadas previstas para este ano, uma para gás, em outbro, e outra para o pré-sal, em novembro.
Esta será a primeira participação em leilão da ANP para várias empresas que chegaram ao Brasil nos últimos cinco anos, período no qual não houve a realização de leilões, já que a descoberta do pré-sal motivou mudanças regulatórias no País.
 
A canadense Gran Tierra, que entrou no Brasil há três anos e meio adquirindo licenças de concorrentes, é uma delas. Hoje produzindo mil barris de petróleo, a companhia espera aumentar a atuação no País.
 
A Novapetro é outra. O presidente do conselho, Murilo Marroquim, diz que o foco da companhia será em petróleo, em blocos terrestres de baixo risco. A empresa, criada há cerca de seis meses, reúne investidores que migraram do setor elétrico. "Está fresquinha, acabamos de criar", disse Marroquim.
fonte: macaéoffshore
 

terça-feira, 5 de março de 2013

China passa EUA como maior importador de petróleo


China superou os Estados Unidos como maior importador líquido de petróleo do mundo, numa mudança que vai sacudir a geopolítica dos recursos naturais. As importações líquidas de petróleo dos Estados Unidos caíram para 5,98 milhões de barris por dia em dezembro, o menor nível desde fevereiro de 1992, segundo números provisórios da Administração de Informações Energéticas dos EUA.

No mesmo mês, as importações líquidas de petróleo da China aumentaram para 6,12 milhões de barris/dia, segundo a alfândega chinesa.

Os EUA têm sido o maior importador líquido de petróleo do mundo desde a década de 1970, o que moldou a política externa da Washington em relação a países ricos em petróleo como a Arábia Saudita e o Iraque.

                                           

Com a China superando os EUA como o maior importador líquido do mundo, Pequim enfrentará pressões para que assuma mais responsabilidades na manutenção da segurança das principais rotas de transporte do mundo. A China já adotou uma política externa mais assertiva em relação ao petróleo em países como Sudão, Angola e Iraque, onde companhias estatais chinesas vêm investindo bilhões de dólares.

                                       

"Os EUA estão dando passos largos rumo à independência energética", diz Eric G. Lee, um analista de commodities do Citigroup que foi o primeiro a informar a mudança.

Os números de dezembro são sempre voláteis por razões fiscais de fim de ano, mas analistas e operadores afirmam que a mudança se manterá. Os números incluem petróleo bruto e produtos refinados de petróleo, como o diesel e o querosene.

Neste ano, a Marinha americana vai reduzir o número de porta-aviões em operação no estreito de Hormuz, que liga o golfo Pérsico aos mercados internacionais de petróleo.

A produção doméstica de petróleo dos Estados Unidos está crescendo muito devido à revolução do xisto, o que está reduzindo a necessidade de importação de petróleo bruto. Grandes companhias de petróleo e refinarias americanas, como a ExxonMobil e a Philips 66, também estão exportando quantidades recorde de produtos de petróleo para atender a grande demanda por petróleo, diesel e querosene na América Latina e África, e reduzindo as importações líquidas de petróleo do país.

A produção de petróleo dos Estados Unidos aumentou em mais de 800 mil barris/dia no ano passado. A expansão permitiu ao país reduzir sua dependência da Organização dos Países Produtos de Petróleo (Opep), o cartel internacional do petróleo. Mas a redução tem sido desigual, com a Arábia Saudita, Kuwait e outros países do Oriente Médio sofrendo relativamente pouco com a redução da demanda dos EUA, em comparação aos produtores africanos.

                                             


A troca de posição entre a China e os EUA acontece no momento em que a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que os países emergentes irão, pela primeira vez, consumir mais petróleo que as nações industrializadas. Sediada em Paris, a AIE estima que os países que não fazem parta da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) irão consumir 44,9 milhões de barris de petróleo por dia no próximo trimestre, em comparação a 44,7 milhões de barris/dia dos países que fazem parte da OCDE.

Os EUA continuam sendo o maior importador líquido de petróleo do mundo em uma base anual, mas a margem sobre a China diminuiu significativamente nos últimos cinco anos. As compras líquidas de petróleo bruto e produtos refinados no exterior caíram para 7,14 milhões de barris por dia no ano passado, o menor nível em 20 anos, enquanto que as importações líquidas dos chineses chegaram a 5,72 milhões de barris/dia.
fonte: gnbc.com.br