Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, também denominado pela imprensa de Carlos Augusto Ramos (Anápolis, maio da década de 1960) é um empresário brasileiro, acusado de envolvimento no crime organizado.
O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004 após a divulgação de vídeo gravado por ele onde Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, lhe faz pedido de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Carlinhos Cachoeira numa concorrência pública carioca. A divulgação do vídeo se transformou no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula.
CARLINHOS CACHOEIRA
Escândalo em 2004: Caso Waldomiro Diniz
WALDONIRO DINIZ
Cachoeira ganhou notoriedade da imprensa e opinião pública brasileira (com até repecussão internacional, pois chegou a ser chamado de "Charlie Waterfall", pelo New York Times)[4] em 2004, após a divulgação da fita gravada em 2002 por ele mesmo juntamente com outro empresário Waldomiro Diniz, divulgada pela Revista Época em 13 de fevereiro de 2004. Na gravação, Waldomiro Diniz aparece extorquindo Augusto Ramos para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro.
Em troca, Diniz prometia ajudar Augusto Ramos numa concorrência pública. o governo no mesmo dia, provocando a primeira crise política no Governo Lula. A oposição e até aliados do governo tentaram criar CPI dos Bingos, mas as manobras do Lula barraram a criação e deixou o governo sob suspeita até o surgimento do escândalo do Mensalão em 2005.
No entanto, o pedido de 2002 não ocorreu, razão na qual Cachoeira enviou a fita ao então senador Antero Paes de Barros, que por vez enviou ao Ministério Público de Brasília, na qual os repotéres da revista Época conseguiram a cópia.Após a divulgação da denúnca, Waldomiro Diniz deixou o governo no mesmo dia, provocando a primeira crise política no Governo Lula. A oposição e até aliados do governo tentaram criar CPI dos Bingos, mas as manobras do Lula barraram a criação e deixou o governo sob suspeita até o surgimento do escândalo do Mensalão em 2005.
Durante o ano de 2004, a imprensa brasileira dedicou grande espaço para divulgar esta, que foi a primeira crise ética (ou política) do Governo Lula. A divulgação das imagens enfraqueceu a posição política influente do então ministro José Dirceu no governo, pois era assessor direto e amigo pessoal de Diniz por quase 12 anos (1992-2004). Em 2005, após surgimento do Mensalão e as graves acusações do envolvimento do ministro no esquema e ao caso não investigado de 2004, culminou no pedido de demissão do virtual então chamado Primeiro Ministro.
Prisão em 2012
Em 29 de fevereiro de 2012, Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, operação que desarticulou a organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás por 17 anos. Escutas da operação acabaram atingindo diretamente o senador da república Demóstenes Torres (DEM-GO), em conversas sobre dinheiro supostamente fruto de propina. Indiretamente, as investigações da PF atingem também as administrações dos governos de Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
No dia seguinte, dia 1º de março, foi transferido para presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Em 9 de abril seu advogado, o ex-ministro da Justiça no governo Lula, Márcio Thomaz Bastos, entrou com um segundo pedido de Habeas Corpus para a soltura de seu cliente (o primeiro havia sido negado pelo Tribunal Regional Federal
Novos fatos após a prisão
Após a prisão, surgiram denúncias pela imprensa, através divulgações da Polícia Federal, em que Cachoeira tinha relação com o senador Demóstenes Torres, o governador Marconi Perillo (ambos de Goiás), cinco deputados federais e a chefe de gabinete do governador Perillo, Eliane Pinheiro, que pediu demissão em razão das denúncias.
Em 9 de abril, é a vez de Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz pedir demissão após conversas suas aparecerem em gravações da PF. Reportagens mostram ainda que a Polícia Federal relata a Construtora Delta, a maior empreiteira de obras do PAC do governo Federal e que teve José Dirceu como consultor, como provável envolvida com o esquema.
FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Cachoeira#cite_note-10
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