Estudo feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) revelou que 119.484 pessoas trabalham em empresas terceirizadas no Rio Grande do Norte. Em todo o Brasil, são quase 11 milhões de trabalhadores contratados indiretamente.
No mesmo estudo, a CUT chegou à conclusão que a terceirização pode até ser um bom negócio para a contratante, mas jamais para o trabalhador.
O levantamento aponta várias desvantagens na comparação com o emprego direto nas empresas que contrataram essa prestação de serviço. Entre elas, os salários mais baixos e o cumprimento de jornadas mais longas. "A terceirização de empresas fragilizou a qualidade do emprego no país", conclui a CUT.
Com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, o levantamento indica que os assalariados terceirizados ganhavam, em dezembro do ano passado, 27,1% menos do que os empregados diretos.
Enquanto nas empresas terceirizadas quase a metade dos contratados (48%) estavam na faixa de um a dois salários mínimos, nas empresas contratantes dos serviços o índice ficou em 29%. Além disso, a jornada semanal de trabalho nas terceirizadas supera em até três horas a do contrato direto. Se houvesse uma equiparação, alerta o estudo, seriam geradas no Brasil mais 801,3 mil vagas.
Em Mossoró, a terceirização está presente em vários setores: bancos, Correios, supermercados, shoppings, sendo que a Petrobras é responsável pela grande massa contratada e, consequentemente, por muitos problemas advindos dessa forma de prestação de serviços.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN), Pedro Idalino, informou que a Petrobras tem hoje cerca de 70 mil trabalhadores próprios em todo o país e 300 mil terceirizados.
O sindicalista confirmou que existe um grande abismo entre o salário pago ao funcionário direto e ao terceirizado. Existe diferença, inclusive, nos vencimentos pagos a trabalhadores que exercem a mesma função em empresas terceirizadas. "A Petrobras não define um padrão salarial nos contratos. Um eletricista, por exemplo, pode ganhar mais numa empresa e menos em outra; vai depender do valor do contrato", explicou.
O estudo da CUT também apontou que quase a metade dos trabalhadores terceirizados ganham entre um e dois salários mínimos, 36% de dois a três salários mínimos, 12% de três a quatro salários mínimos, e 4% de quatro a seis salários mínimos, ou seja, o teto salarial do trabalhador indireto é de R$ 3.270,00.
A diferença salarial gera insatisfação entre os trabalhadores.
Um operador de empilhadeira com mais de 10 anos de atuação na área do petróleo, que pediu para não ser identificado, disse que os trabalhadores diretos da Petrobras da mesma função sequer sabem operar a máquina em alguns serviços. "Mesmo assim, a Petrobras (definição que os terceirizados usam para definir quem tem contrato direito) ganha umas cinco vezes o valor do meu salário", reclamou o trabalhador.
No mesmo estudo, a CUT chegou à conclusão que a terceirização pode até ser um bom negócio para a contratante, mas jamais para o trabalhador.
O levantamento aponta várias desvantagens na comparação com o emprego direto nas empresas que contrataram essa prestação de serviço. Entre elas, os salários mais baixos e o cumprimento de jornadas mais longas. "A terceirização de empresas fragilizou a qualidade do emprego no país", conclui a CUT.
Com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, o levantamento indica que os assalariados terceirizados ganhavam, em dezembro do ano passado, 27,1% menos do que os empregados diretos.
Enquanto nas empresas terceirizadas quase a metade dos contratados (48%) estavam na faixa de um a dois salários mínimos, nas empresas contratantes dos serviços o índice ficou em 29%. Além disso, a jornada semanal de trabalho nas terceirizadas supera em até três horas a do contrato direto. Se houvesse uma equiparação, alerta o estudo, seriam geradas no Brasil mais 801,3 mil vagas.
Em Mossoró, a terceirização está presente em vários setores: bancos, Correios, supermercados, shoppings, sendo que a Petrobras é responsável pela grande massa contratada e, consequentemente, por muitos problemas advindos dessa forma de prestação de serviços.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN), Pedro Idalino, informou que a Petrobras tem hoje cerca de 70 mil trabalhadores próprios em todo o país e 300 mil terceirizados.
O sindicalista confirmou que existe um grande abismo entre o salário pago ao funcionário direto e ao terceirizado. Existe diferença, inclusive, nos vencimentos pagos a trabalhadores que exercem a mesma função em empresas terceirizadas. "A Petrobras não define um padrão salarial nos contratos. Um eletricista, por exemplo, pode ganhar mais numa empresa e menos em outra; vai depender do valor do contrato", explicou.
O estudo da CUT também apontou que quase a metade dos trabalhadores terceirizados ganham entre um e dois salários mínimos, 36% de dois a três salários mínimos, 12% de três a quatro salários mínimos, e 4% de quatro a seis salários mínimos, ou seja, o teto salarial do trabalhador indireto é de R$ 3.270,00.
A diferença salarial gera insatisfação entre os trabalhadores.
Um operador de empilhadeira com mais de 10 anos de atuação na área do petróleo, que pediu para não ser identificado, disse que os trabalhadores diretos da Petrobras da mesma função sequer sabem operar a máquina em alguns serviços. "Mesmo assim, a Petrobras (definição que os terceirizados usam para definir quem tem contrato direito) ganha umas cinco vezes o valor do meu salário", reclamou o trabalhador.
MAGNOS ALVES
Da Redação
fonte: jornal defato
Da Redação
fonte: jornal defato
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