domingo, 14 de agosto de 2011

Processo seletivo da Petrobras tem 173 mil inscritos

O processo seletivo da Petrobras, lançado em julho, teve um total de 173.686 candidatos inscritos. O concurso é destinado ao preenchimento de 590 vagas, distribuídas por todo o país, além de formação de cadastro reserva. Desse total, 442 são para os cargos de nível médio e 148 para nível superior. As inscrições para o concurso foram encerradas em 31 de julho. Veja o total de inscritos por vaga.
As provas objetivas para todos os cargos serão realizadas em 28/08. A partir do dia 24 de agosto, os candidatos poderão obter o cartão de confirmação de inscrição no site da Cesgranrio, instituição organizadora do processo seletivo.
O Plano de Negócios 2011 a 2015 da Petrobras prevê a política de ingressos sistemáticos de cerca de 14 mil novos empregados na companhia até 2015. Mais informações sobre o concurso em andamento podem ser consultadas no site da Petrobras.

FONTE: FATOS E DADOS

PETROBRAS RECONHECE QUE NÃO PERFURA NOVOS POÇOS


Não é com todas as palavras, mas a Petrobras reconhece que não está perfurando novos poços no Rio Grande do Norte.
Em resposta enviada pela assessoria de imprensa, a Petrobras justifica que a redução no número de sondas de perfuração em Mossoró e região se deve à falta de demanda, ou seja, à inexistência de novos poços para serem perfurados. "A Companhia esclarece que as sondas são adequadas às características da área e do poço a ser perfurado e, por isso, movimentam-se entre Estados, de acordo com as demandas", diz a nota enviada pela Petrobras em explicação à debandada de sondas.
Sem novos poços, a tendência é que a produção de petróleo e gás continue caindo no Rio Grande do Norte.
Somente entre 2004 e 2010, a queda na produção de petróleo foi de 23 mil barris dia (mais de 27%), enquanto que a produção de gás foi reduzida a menos da metade, com encolhimento de 1.289 metros cúbicos por dia (57%).
A Petrobras deixou as novas descobertas de lado e aposta na política de recuperação dos campos maduros, através da injeção de vapor e água.
Na apresentação dos resultados do ano passado e previsão de investimentos para este ano realizada em março, o gerente geral de Exploração e Produção da Petrobras RN-CE, Joelson Falcão Mendes, declarou que o intuito é recuperar e estabilizar a produção nos próximos anos, através de investimentos em projetos de aplicação de vapor e água.
Segundo Joelson, inicialmente o objetivo é aumentar a produção em 20 mil barris/dia até 2014, saltando da média diária de 62 mil barris em 2010 para 82 mil barris em 2014.
E se tudo caminhar bem, muito bem mesmo, a Petrobras diz que voltará a produzir 100 mil barris/dia, como já ocorrera nos anos 90.
A política da Petrobras é contestada por Pedro Idalino, que justifica: a revitalização dos poços gera menos postos de trabalho.
Para o sindicalista, a empresa deveria investir na exploração de novos poços, na descoberta de novas jazidas de petróleo e gás. "O investimento em exploração gera emprego já a partir dos estudos sísmicos, enquanto que na revitalização a contratação de mão de obra é reduzida e passageira", explica Pedro Idalino.
Cadeia produtiva foca novos mercados
O recuo dos investimentos na perfuração de novos poços está levando as empresas que formam a cadeia produtiva de petróleo e gás a buscar novos mercados além-fronteiras do Rio Grande do Norte.
O presidente da Redepetro-RN, Doryan Hilton Filgueira Bezerra, destaca que as 103 empresas que fazem parte da entidade e empregam cerca de 2.500 trabalhadores estão se qualificando para competir e conquistar novas áreas de atuação.
Doryan informa que empresas de pequeno porte de Mossoró e região já atuam em Estados como o Ceará, Bahia, Sergipe e até no Espírito Santo. "Na hora da crise tem que buscar novos espaços", ressalta.
Doryan conta que a Petrobras diminuiu o ritmo de investimentos na exploração de petróleo no Rio Grande do Norte. "Uma atividade econômica que envolve vários setores", observa.
Gerente de uma empresa terceirizada da Petrobras, Pedro Batista explica que o baixo investimento em perfuração de poços prejudica as empresas que trabalham com produção. "Se não tem sonda, não tem exploração e não tem serviço para ser executado", adverte.
A esperança do setor se volta agora para a exploração em águas profundas.
Doryan informa que a Petrobras arrematou lotes para perfurar nos mares do Rio Grande do Norte e Ceará. "Está sendo esperado um navio-sonda e a previsão é começar a perfurar ainda neste ano", diz, em tom esperançoso.
Enquanto isso, várias empresas enfrentam dificuldades para finalizar os contratos com a Petrobras.
Existe caso em que a empresa Norserg entregou o contrato e foi embora sem pagar aos trabalhadores (que brigam até hoje na Justiça para receber os seus direitos).
Outras empresas estão pedindo aditivos, enquanto que a Plena está com a sua folha de pessoal sendo paga pela Petrobras.
Entretanto, segundo a Petrobras, as contratadas têm conseguido executar os serviços conforme previsto nos instrumentos contratuais. "Alguns casos, como o da Plena, são uma exceção, considerando a grande quantidade de prestadores de serviço", defende-se.

FONTE: JORNAL DE FATO

PERFURAÇÃO EM QUEDA EMPREGO TAMBÉM


A perfuração de novos poços de petróleo em Mossoró e região está praticamente paralisada.
A redução nos investimentos na busca de novos campos produtores de petróleo é gás pode ser sentida na redução da quantidade de sondas de perfuração terrestre. Até o ano passado, onze sondas "escavacavam" as terras de Mossoró e região em busca do chamado ouro preto. Porém, atualmente, são apenas quatro instrumentos "caçando" petróleo na região.
A redução inclui sondas próprias da Petrobras (de quatro para duas) ou alugadas (de sete para duas).

Os equipamentos que antes procuravam riquezas em nossas terras agora estão atuando em outros Estados, como Sergipe e Bahia, informa o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO/-RN), Pedro Idalino.
O resultado da pausa na "caça ao tesouro" é a constante queda na produção de petróleo e gás - já sentida há alguns anos - e a redução da oferta de trabalho.
Pedro Idalino informa que somente uma sonda de perfuração emprega cerca de 60 trabalhadores, e multiplicando isso por sete vezes - quantidade de sondas que foram embora - já são 420 postos de trabalho cessados. "Isso eu estou falando apenas das pessoas que trabalham diretamente na sonda, sem contar com diversos outros trabalhadores cujos empregos também dependem desse tipo de atividade", observa o sindicalista, explicando a importância da perfuração de novos poços para a cadeia produtiva de petróleo e gás.
O ritmo lento do setor é sentido no dia a dia dos trabalhadores, que já notaram há algum tempo que "as coisas não andam muito bem".
Um funcionário - que não terá o nome e função revelados - do depósito de suprimentos da Base da Petrobras em Mossoró relata que a quantidade diária de serviços a serem executados está sendo reduzida, resultando na demissão de trabalhadores. "Recentemente eu perdi cinco companheiros de trabalho. Um pessoal que trabalhava de ajudante foi mandado embora porque não tem serviço", conta o funcionário.
O encarregado de sonda de outra empresa - também não terá o seu nome revelado - informa que setenta funcionários serão demitidos por conta da paralisação de três sondas, sendo que 25 já foram mandados embora. "São sondas que estão com os contratos sendo finalizados e que não serão renovados", explica o trabalhador.
Com mais de uma década atuando no setor, o encarregado confirma que atualmente existe pouca operação para perfuração de novos poços e acrescenta que até mesmo as sondas de completação têm pouco trabalho para executar. "Antigamente, uma sonda dessa fazia a completação de até três poços por operação, enquanto que hoje trabalha com um nas últimas", compara.
Uma das vítimas do rolo compressor das demissões foi o encarregado de sonda Jânio Fernandes da Silva, demitido porque a sonda em que ele trabalhava está parada. "A sonda parou e para fazer economia a empresa está demitindo os trabalhadores", relata.
Pedro Idalino enfatiza que o ritmo de demissões no setor está acelerado. "Estamos aguardando dados do Dieese, que vão apontar a quantidade de demitidos no primeiro semestre", conclui.
A Petrobras nega que a demanda de trabalho esteja sendo reduzida por falta de investimentos em exploração.
Segundo a Petrobras, os investimentos previstos para 2011 somente na área de Exploração e Produção representam cerca R$ 1,8 bilhão, "sendo o maior investimento da Petrobras nos últimos dez anos no Rio Grande do Norte".
A empresa afirma que mantém atividades contínuas na busca de novas oportunidades exploratórias no RN, "porém novas áreas só deverão ser adquiridas na próxima rodada de leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, prevista para este segundo semestre", pondera.

FONTE:JORNAL DE FATO
MAGNOS ALVES